Quem sou eu

Olá, sou apaixonada por educação, livros, conversas e amigos. Formada em Letras pela UENP e cursando Pedagogia pela UNESP; este espaço será dedicado para postagem de questões educacionais, bem como textos e vídeos culturais, pensamentos de bom gosto e algumas reflexões pessoais.

sábado, 21 de maio de 2011

Superando os Desenhos Estereotipados na Educação Infantil


As crianças pequenas usam o desenho como forma de linguagem, pois o desenho possibilita que elas representem seus universos internos, tenham percepção do meio, interajam com esse meio, ou seja, o desenho é uma forma de comunicação, é a manifestação expressiva entre a criança, o mundo e os outros, sejam adultos ou crianças. Quando a criança desenha, como em todas as atividades, expressa os seus sentimentos e os objetos desenhados têm valor afetivo, sendo assim uma forma de linguagem; o desenho contribui para o desenvolvimento global da criança, para a construção da sua personalidade e do seu caráter.
Os professores muitas vezes não propiciam ocasiões para as crianças expressarem-se, comunicarem-se e representarem-se por meio do desenho, pois não acreditam nas capacidades de seus alunos e porque não valorizam suas produções. Professores desejam que seus alunos tenham desenhos “perfeitos” e acabam orientando a criança a produções de desenhos estereotipados, prontos, sem significados para ela; o desenho, assim trabalhado, não pode ser considerado como forma de comunicação, uma vez que a criança não teve liberdade de criar, representar ou expressar.
É necessário superar essa tendência de “desenhos prontos”, sendo assim, é importante que professores de Educação Infantil como um todo compreendam e aprendam sobre o importante papel do desenho como forma de linguagem e, a partir daí, respeitem as especificidades de seus alunos e suas próprias formas de perceberem o mundo, possibilitando-lhes que desenhem expressando-se, comunicando-se e representando. Os desenhos estereotipados prejudicam e desvalorizam o processo criador da criança; o desenho como forma de comunicação deve ser feito pela criança de forma espontânea, deve ser a representação da idéia que ela faz sobre o mundo, como compreende e como interage com ele. 
As crianças bem pequenas começam a desenhar garatujas, mesmo que para os adultos isso não signifique nada, para elas é algo grandioso, estão experimentando o prazer de suas produções, de início, o que importa é a alegria que elas sentem ao desenhar, o movimento que realizam com o giz, lápis e tinta sobre o papel.
             Mais tarde, esses desenhos, vão se formando em círculos mais organizados, que vão se unindo e compondo figuras mais peceptíveis, em geral, por volta de 3 e 4 anos. As figuras humanas são, em geral, as primeiras a surgirem nesse universo criativo infantil, seguida das figuras de animais; são, em sua maioria de base circular, de onde saem longos braços, pernas, etc.
             Pouco depois, surgirão outras figuras, como casas, flores, e outros animais, mas ainda não existirá uma definição de espaço, crianças de 4 e 5 anos não sentem a exigència de seguir padrões reais nos desenhos, seria o mesmo que dizer que elas representam as coisas meio que "voando" no papel.
           Quanto mais a criança interagir com o meio, mais ela perceberá a realidade e aumentará sua capacidade de transmiti-la ao papel, podemos dizer que o desenho infantil representa a forma como a criança percebe e vê o mundo, aos poucos, ela irá perceber melhor a realidade e o espaço também começará a existir, pessoas ficarão no chão, a casa também, enquanto que o sol e os pássaros ficarão no céu, mas, as crianças só desenharão aquilo que podem ver, ainda não capazes de registrar algo abstrato, fora de sua percepção. A qualidade de possibilidades de desenhar para criança é que garantirão que ela seja estimulada e instigada a desenhar cada vez mais, aprimorando e desenvolvendo essa forma de linguagem.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

JuH

"Existem coisas que somento os grandes filósofos e as crianças são capazes de compreender..."

Paixão por educação...

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." 
(Guimarães Rosa)